O Alinhamento
quarta-feira, 30 de maio de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
Capítulo 12
O
tempo estava claro naquela manhã, o sol brilhava imponente e o vento soprava
devagar refrescando aquele dia lindo. Os cabelos castanhos e compridos voavam
livremente enquanto Rosana caminhava lentamente pelas arvores ate chegar a um
lago.
Estava
preocupada, não conseguia sentir Lisa nem os demais já fazia dois dias e estava
muito angustiada. Todo o equilíbrio havia sido quebrado, tudo estava um caos,
os monstros do submundo estavam livres e a sede de vingança deles era enorme.
Rosana
era uma Sentinela e estava incumbida de ensinar os luzes brancas a usar os seus
poderes para o bem. Mas às vezes isso não acontecia e alguns iam para as trevas
e usavam seus poderes em beneficio próprio.
Após
caminhar por horas sem destino, Rosana parou à beira de um grande lago e se
sentou. Tocando levemente a água e sentindo como estava fresca ficou ali
sentada agitando levemente a água e vendo seu reflexo perder a nitidez.
De
repente sentiu algo estranho, começou a se concentrar e a perceber que estava
sentindo a presença de Lisa e dos outros. Olhando fixamente para um arbusto a
sua frente, começou a se concentrar e tentar saber onde exatamente os três
estavam.
Depois
de alguns minutos parada pôde ver que estavam seguros e que estavam na
companhia de mais dois luzes brancas, o que era um alivio pois com a crise que
estavam passando o melhor era se unirem.
Levantou-se
rapidamente e começou a caminhar de volta pelo mesmo caminho que tinha feito. O
vento soprava calmamente refrescando o clima, toda a preocupação que estava
atormentando Rosana havia passado assim que conseguiu sentir seus protegidos.
Após
alguns minutos de caminhada pode ver uma grande construção surgir a sua frente,
era uma enorme cúpula de cor branca e cinza. Varias pessoas estavam reunidas no
centro olhando fixamente para algo que parecia uma bacia enorme em cima de uma
pedra redonda.
-
Rosana querida o que houve, você esta com uma cara...
Ao
olhar para o lado pode ver uma mulherzinha do tamanho do dedo mindinho toda
brilhante voando em sua direção. Ariana era a fada responsável por manter todas
as outras em seus devidos lugares.
Parecia
um vaga-lume de tanto que brilhava, usava um vestido verde oliva que fazia
contraste com seus olhos enormes e suas azas coloridas que batiam rapidamente.
- Oi
Ariana, estou indo ver Melborn. Acabei de sentir três dos meus protegidos agora
a pouco e preciso urgentemente avisá-lo. – respondeu Rosana passando pela bacia
que estava ao centro e se dirigindo para uma pequena porta ao fundo do salão
enorme.
Todos
que estavam na sala começaram a olhá-la desconfiados, nunca haviam visto Rosana
andando tão rapidamente e com cara de poucos amigos.
-
Entre. – disse uma voz áspera e firme de homem.
Ao
entrar na saleta Rosana pode ver a um canto olhando para um grande e velho
espelho um homem de mais ou menos sessenta anos com os cabelos brancos que
atingiam a cintura, ele vestia uma túnica de cor salmão e usava óculos pequenos
e redondos.
A
saleta era pequena e escura e cheirava a incenso, havia apenas uma mesa ao
centro e ao canto estava um grande espelho, suas bordas eram de ouro puro e
logo acima estava uma grande e verde pedra de esmeralda.
Melborn
era o mais velho dos anciões, e tinha mais poderes que muitos ali. Estava
procurando um jeito de ajudar os luzes brancas a escaparem da crescente onda de
ataques dos monstros não sabia como, mas o equilíbrio havia sido quebrado e
tudo estava um caos.
Ao
ver Rosana passar pela porta percebeu que havia acontecido, e era algo bom pois
ela estava com um sorriso lindo no rosto.
- Eu
consegui sentir três dos meus protegidos. Eles estão em Paris na igreja do
padre Paolo. Estão com outros dois luzes brancas, o que é um alivio. – disse
Rosana e vendo a expressão de alivio no rosto de Melborn ficou mais aliviada.
-
Você precisa ir falar com eles e ver se sabem o que esta acontecendo.
Rosana
ao ouvir aquilo acenou afirmativamente com a cabeça e se virou indo em direção
a porta.
-
Tome cuidado minha filha – disse Melborn a Rosana que se virou para olha-lo –
esta tudo mudado lá em baixo, nada é o que parece ser mais.
Saindo
da saleta Rosana se dirigiu a grande bacia que estava no centro do grande salão
e pegando um pouco da água com um pote que estava ali próximo bebeu
rapidamente.
Ao
sentir a água descer pela garganta sentiu uma grande refrescância e uma
sensação de alivio e paz tomar conta de seu corpo. A água da bacia era
purificada e trazia paz a quem dela bebesse.
Então
rapidamente Rosana se preparou para encontrar com seus protegidos, uma forte
luz amarela tomou conta de seu corpo e logo Rosana desapareceu da vista de
todos.
Capítulo 11
- Eu
não acredito que é você, quanto tempo.
Com
um largo sorriso Anne se levantou da cama em que dormia e correu para abraçar
Lisa.
-
Anne, mas o que esta fazendo aqui? – perguntou Lisa após cumprimentar sua
amiga.
Eu é
que pergunto, Lisa esse é meu irmão Ricardo. Ricardo essa é Lisa uma amiga da
faculdade.
Ricardo
olhava aquilo assustado, não sabia ao certo o que estava acontecendo.
-
Você é uma Luz Branca também? – perguntou Lisa assustada.
- Sim
sou – respondeu Anne abrindo ainda mais um largo sorriso – eu bem que
desconfiava que você tivesse algo diferente. Sempre que estava perto de você
sentia uma forte energia, agora sei por quê.
-
Anne esse é Nathan e aquele é o Jason, nós estamos fugindo de inferis. E vocês
o que fazem na igreja do Padre Paolo?
- Eu
e meu irmão entramos aqui por acaso, fomos atacados por wendigos e vampiros.
Ao
ouvir aquilo Lisa olhou para Jason que se aproximou assustado.
-
Wendigos estão soltos e atacando juntamente com vampiros?
- Sim
estão – respondeu Ricardo – entramos aqui, pois vi as gárgulas.
Sem
entender mais nada, Ricardo andou ate um canto do pequeno quarto e voltando a
olhar pra Lisa perguntou.
-
Vocês estavam fugindo de inferis? – perguntou sem entender - como se eles são
do mundo inferior.
-
Pois é estávamos no templo do mestre Qi Chi Uan quando tudo ficou louco. Trolls
e outras criaturas começaram a aparecer e quando atravessamos o portal – Jason
parou olhando para Lisa e continuou – nós fomos parar em Nefilim.
- O
portal esta dando para o mundo inferior? – perguntou Ricardo assustado – Então
o que eu suspeitava estava certo.
Ricardo
andou ate uma mesa que ficava a um canto do quarto e pegou um jornal mostrando
para os demais. Estampado na primeira pagina estava a foto de um diamante.
“...Hoje é um marco para a historia, o famoso
arqueólogo Dr. Jeremy Sanders fez a maior descoberta de todos os tempos. O
famoso Diamante da Lua que dizem ter poderes lendários foi descoberto em uma
recente escavação em Zurique
O famoso arqueólogo escavava as
ruínas de uma antiga igreja em busca de peças da renascença e acabou se
deparando com o diamante. Diz a lenda que o diamante possui poderes
inimagináveis e quem conseguir usá-los poderá controlar o tempo...’
-
Diamante da Lua, o que é isso? – perguntou Nathan após ler o artigo.
- O
Diamante da Lua é o diamante mais precioso do mundo mágico – respondeu Ricardo
andando sem parar – e diz a lenda que é ele quem mantém tudo em seus lugares.
-
Como assim Ricardo? – perguntou sua irmã sem entender nada.
- O
Diamante da Lua na verdade é o que mantêm a ordem entre os mundos, o seu poder
é tão grande que mantêm separado os seres do mundo inferior e os humanos. Ele
estava escondido de tudo e todos há séculos, mas agora que foi achado e tirado
de seu lugar tudo foi desequilibrado, por isso os seres do mundo inferior estão
conseguindo parar aqui no meio dos humanos.
Eles
se olharam espantados, ninguém ousou falar nada, o pensamento deles estava a
mil, o que iam fazer agora.
-
Temos que devolver o diamante para o seu lugar e restaurar a ordem, se não
vamos acabar morrendo a qualquer hora – Jason disse indo ate a janela e
observando os primeiros raios do dia começar a clarear a linda Paris.
Capítulo 10
-
Lisa vamos parar um pouco, estou exausto.
Os
três caminhavam em silencio naquele lugar sem vida, não sabiam ao certo há
quanto tempo estavam ali, mas que já haviam se passados horas isso eles tinham
certeza.
Estavam
com fome e sede e não havia nada ali que indicasse vida ou ate mesmo um portal
para saírem dali.
Tentaram
de tudo, tele transporte e ate mesmo se comunicar via telepatia com a sentinela,
mas também foi em vão. Aquele lugar havia deixado eles isolado de tudo e todos.
À
medida que eles caminhavam o calor aumentava e o cansaço começava a vencê-los,
ate que como num impulso Jason parou e ficou olhando para o nada com um sorriso
no rosto.
- O
que foi Jason? – perguntou Lisa ao perceber que o amigo não estava ao seu lado.
-
Acho que sei como vamos sair daqui, – disse olhando de um para outro – uma vez
eu li que o poder de três luzes brancas unidos poderia produzir um poder forte.
Lisa
e Nathan olhavam sem entender onde ele estava querendo chegar com aquilo.
-
Lisa pensa comigo – continuou Jason com um brilho novo nos olhos – se os nossos
poderes separados são fortes, imagina se a gente canalizar ele e transformasse
em um só.
Ao
ouvir aquilo Lisa percebeu aonde Jason queria chegar e logo ficou ao lado do
amigo toda empolgada.
Nathan
continuou olhando os dois sem saber como fariam aquilo dar certo, mas tinha
certeza que se funcionasse poderiam sair daquele lugar.
-
Nathan vem, vamos tentar sair desse inferno de uma vez por todas. – disse Lisa
estendendo a mão.
Os
três formaram um circulo e com os olhos fechados usaram toda a energia que conseguiram.
Mesmo com fome e sede a vontade de sair dali era tanta que nada mais importava.
- Me
solta seu monstro idiota – gritava Nathan ao se ver agarrado por algo.
Ao
abrirem os olhos Lisa e Jason viram vários inferis se aproximando e Nathan
tentando se livrar de um que o havia agarrado pelo pescoço.
Eram
criaturas medonhas, pareciam mortos vivos com a pele em decomposição toda
acinzentada e os olhos brancos e sem vida. Nathan se sentiu aliviado ao ver o
inferi ser lançado longe por uma bola de energia.
-
Valeu Lisa – agradeceu o garoto enquanto corria para se juntar aos amigos.
-
Vamos conjurar um escudo e tentar abrir o portal. – disse Jason derrubando um
inferi que estava se aproximando.
Os
três formaram o circulo novamente e se concentraram, um escudo foi conjurado e
os inferis eram arremessados longe toda vez que tentavam passar por ele.
À
medida que os minutos passavam, sentiam o cansaço tomar conta de seus corpos,
mas começaram a sentir a energia de um portal se formando próximo a eles, continuaram
então se concentrando e quando sentiram que o portal estava realmente aberto os
três olharam para ver onde estava.
Não
muito longe deles estava um circulo luminoso de cor verde, se olharam com um
grande sorriso de satisfação no rosto.
-
Precisamos chegar ate o portal, mas como? – perguntou Lisa ao ver o numero de
inferis que havia duplicado.
-
Vamos tentar nos transportar pra lá – disse Nathan – se nós três conseguimos
criar um portal talvez possamos nos transportar também.
Os
outros dois assentiram com a cabeça e canalizando mais uma vez suas energias
imediatamente pensaram estar na frente do portal. Quando olharam em volta viram
que havia dado certo.
Os
inferis logo começaram a andar na direção deles e sem perder tempo desfizeram o
campo de força e correram para o portal.
A
única coisa que os três pensaram ao atravessar o portal era para onde ele ia
dar, na esperança de ser um lugar normal e pacifico para poderem descansar.
Ao se
darem conta de onde estavam Lisa logo foi falando.
- Não
acredito, o que você faz aqui?
Um
par de olhos e um largo sorriso estavam voltados para a garota que sorria de
volta toda contente.
Capítulo 9
Paris
era uma cidade fria e sombria à noite, e era na noite que tudo acontecia.
Ricardo e Anne eram irmãos gêmeos, tinham 22 anos e moravam em Paris já fazia
um ano.
Anne
era uma linda moça, seus olhos azuis e seus cabelos loiros contrastavam com sua
pele clara. Já seu irmão Ricardo era mais baixo que ela e tinha os mesmos
olhos, tinha os cabelos curtos e loiros e o rosto branco como a neve.
Anne
e Ricardo estavam saindo da faculdade com seus amigos quando como sempre eles
chegaram à praça que dava para sua casa. A praça estava vazia naquele horário,
mas sempre bem iluminada.
Estavam
conversando animadamente quando ouviram um ruído atrás deles, ao olharem para
trás não viram nada. Anne olhava ao redor e Ricardo começou a observar mais
atentamente as partes escuras da floresta.
-
Ricardo usa sua visão, vê se consegue ver algo.
Ricardo
assentiu com a cabeça e nesse instante seus olhos de azuis ficaram cor de mel,
pareciam olhos de gavião. A sua visão se estendeu e ficou mais apurada
conseguindo ver assim ate a menor das formigas se mexendo entre os arbustos.
Começou
então a esquadrinhar cada canto da floresta e parou de repente a um canto não
muito distante, entre os arbustos algo os observava. Podia ver um par de olhos
grandes fixos neles, forçou um pouco mais a visão e pode ver que não havia
apenas um par, mas sim vários olhos.
-
Anne, estamos sendo seguidos. Estou vendo vários olhos entre aqueles arbustos.
Nesse
instante varias criaturas apareceram na frente dos dois, eram criaturas grandes
e peludas. Os olhos eram amarelos e seus pêlos eram verdes, o olhar de ódio e
os uivos eram intensos.
- O
que... o que é isso? – perguntou Anne andando para trás à medida que as
criaturas avançavam.
- São
wendigos, criaturas sobrenaturais que aparecem a cada vinte e três dias para se
alimentar de corações humanos. – respondeu Ricardo – O único modo de matar um
wendigo é queimando o seu coração de gelo.
Os
wendigos avançavam cada vez mais, e a única coisa que queriam era matar. Os
irmãos olhavam em volta esperando achar uma solução para o problema deles, mas
só viram uma única solução.
-
Anne, teremos que enfrentá-los.
- Mas
eles são muitos, não sei se vou aguentar. – respondeu Anne com medo de não
conseguir.
Anne
e Ricardo haviam descoberto os seus poderes ha um ano, mas Anne não aceitara de
imediato. Tentara suprimir aquilo com todas as forças que tinha, já seu irmão
não, aceitou e começou a estudar e a treinar fazendo assim seus poderes
aumentarem muito.
Anne
só aceitou os seus poderes quando se viu obrigada a defender seu irmão de um
vampiro. O vampiro atacara seu irmão e ela sentindo o medo dele sentiu um
desespero de estar a seu lado e poder ajudá-lo, e ao se dar conta estava em uma
rua escura vendo seu irmão bem a sua frente no chão lutando contra um homem em
cima dele.
Sem
saber o que fazer Anne queria apenas que aquele homem saísse de cima do irmão e
nesse instante, sentiu uma onda de energia muito grande sair de seu corpo e
atingir o homem fazendo o mesmo voar pra bem longe atingindo uma grande lixeira
azul no fim da rua.
Ricardo
olhou assustado sem saber o que havia acontecido e viu sua irmã parada olhando
assustada para o acontecido. Levantou-se no mesmo instante e foi para junto dela,
abraçando-a.
-
Muito obrigado, agora vamos temos que sair daqui. – disse Ricardo puxando a
irmã pela mão que foi sem apresentar resistência.
O
homem começou a se levantar meio atordoado, sem saber exatamente o que havia
acontecido e ao ver sua presa fugir sentiu o ódio subir e soltou um grito tão alto
que fez Anne querer estar em sua casa. Ao pensar nisso, ela e seu irmão
automaticamente estavam correndo pelo interior de uma sala e Anne bateu
fortemente no sofá caindo em cima dele e seu irmão foi direto em direção à
parede oposta.
Ao se
recuperarem do baque, Ricardo disse:
-
Anne, pensei que você não quisesse seus poderes.
- Eu
não queria, mas agora vejo que preciso deles. Mas como viemos parar aqui e o
que aconteceu lá naquela rua? Quem era aquele homem atacando você? – perguntou
Anne ao se sentar direito no sofá.
- Bom
você nos transportou para cá, quando você quer estar em um lugar você pode
estar nele como num piscar de olhos. – explicou Ricardo se sentando ao lado de
Anne.
-
Aquele era Malkavian, um vampiro. Ele me encurralou naquela rua, eu não percebi
e quando dei por mim ele estava em cima de mim querendo me matar.
-
Vampiros? Calma ai Ricardo, você esta me dizendo que existem vampiros aqui em
Paris? – perguntou Anne assustada.
-
Anne deixa eu te explicar uma coisa, há várias criaturas que você nem imagina
que existam. Mas você vai ter que aprender, eu vou te explicar tudo e você vai
entender melhor.
Após
aquele dia Anne começou a estudar e a treinar seus poderes, mas não era tão
forte quanto seu irmão, ele sim tinha muito poder. Mas na situação em que se
encontravam, não podia deixar o seu medo atrapalhar.
-
Anne você já aprendeu a conjurar bolas de fogo não é mesmo? – perguntou
Ricardo, e ao ver que Anne respondeu afirmativamente com a cabeça continuou –
Então, atire varias bolas de fogo nessas criaturas, mas mire no coração. A pele
deles é altamente inflamável, e só derrotaremos eles se derretermos seus
corações.
Após
dizer isso os dois conjuraram bolas de fogos nas duas mãos e se preparam para a
batalha. Os wendigos apareciam aos montes, e emitiam uivos ensurdecedores.
-
Anne se prepare – disse Ricardo se preparando – quando eu disser você começa a
atirar.
Os
wendigos se aproximavam cada vez mais rápido, o ar gélido estava ficando cada
vez mais pesado. O medo fazia o coração dos dois bater tão rápido que parecia
que ia sair do peito, mas não podiam fraquejar agora.
-
Anne, agora.
Nesse
instante os dois começaram a atirar as bolas de fogo de suas mãos e conjuravam
mais à medida que iam queimando os wendigos. Os monstros começaram a correr na
direção dos dois, e formaram um círculo em volta deles.
Anne
começou a se sentir cansada mas não podia deixar seu irmão sozinho, pensou em
se transportar mas não lhe vinha lugar algum na cabeça. Então um dos monstros
pulou e jogou seu irmão longe, e Anne como que por instinto lançou uma bola de
fogo que jogou o monstro longe e fez ele carbonizar.
Ao se
aproximar do irmão Anne viu que ele estava bem, mas não podiam vencer daquele
jeito eles eram muitos e eles apenas dois. Então uma onda de medo e ódio tomou
conta de Anne e seus olhos flamejavam num vermelho vivo.
Nesse
instante sentiu seu corpo todo em chamas e fez com que várias bolas de fogo
fossem lançadas e começaram a acertar os monstros. Seu irmão olhava aquilo
espantado, pois não sabia que sua irmã era tão forte assim.
O
corpo dela estava todo envolta de fogo, e lançava por todos os lados bolas de
fogos que foi acertando os monstros um por um. Alguns minutos depois, todos os
monstros tinham virado pó.
Anne
caiu ajoelhada e as chamas em volta de seu corpo se apagaram.
-
Anne, você esta bem? – perguntou seu irmão assustado.
-
Sim, só um pouco cansada.
- Vem
a gente tem que sair daqui. – disse ajudando sua irmã a se levantar.
Os
dois correram assustados sem saber pra onde ir, quando se depararam com um
homem parado bem a frente deles impedindo que eles passassem.
-
Olha quem eu encontro aqui. – disse o homem com uma voz fria e um sorriso
malicioso no rosto.
Ao se
aproximar da luz, Ricardo pode ver quem era. Era o vampiro que havia atacado
ele há alguns meses.
-
Agora vocês são meus, se preparem para morrer. - Ao dizer isso, Malkavian pulou
na direção deles.
Nesse
instante Ricardo projetou um escudo protetor que fez com que o vampiro batesse
tão forte que caiu rolando confuso no chão. Ao ver seu oponente caído e
desorientado Ricardo pegou Anne e a puxou voltando a correr pelas ruas de Paris
a procura de um lugar seguro.
-
Vamos Anne, corra.
Disse
Ricardo enquanto corria em direção a um beco escuro.
-
Ricardo eles estão nos alcançando, faça alguma coisa. – gritou Anne a seu
irmão, já não aguentando mais correr.
Vários
vultos vinham atrás deles envoltos da escuridão, se movimentavam rapidamente e
o som que emitiam era de petrificar o mais forte dos mortais.
Ricardo
nesse instante se concentrou e fez com que varias latas de lixo que estavam
perto voassem em direção as criaturas, acertando uma que voou de encontro com
um muro.
Mas
isso foi muito pouco para fazer as criaturas pararem, elas vinham cada vez mais
rápidas e estava ficando cada vez mais difícil de fugir. O frio da noite fazia
com que o ar gélido queimasse as narinas dos dois, dificultando assim a
respiração.
Ao
dobrarem uma esquina se viram bem de frente a uma igreja e imediatamente
Ricardo correu em direção a ela. Sua irmã sem entender nada o acompanhou, após
acertar uma das criaturas com um raio de energia que saiu de sua mão fazendo a
criatura uivar de dor.
- Pra
onde você esta indo?
- Me
siga, eu tenho uma ideia. – Disse Ricardo entrando na igreja acompanhado de sua
irmã.
Após
fechar a porta, Anne pode ouvir uivos altos e ensurdecedores. Colocando as mãos
nos ouvidos para tentar diminuir o barulho, Anne olhou para os lados procurando
a origem daquele som.
- O
que é isso? O que esta acontecendo aqui?
Nesse
mesmo instante um padre entrou correndo pelo salão principal da igreja e foi se
aproximando dos dois.
-
Desculpe seu padre, mas era nossa única chance, vampiros estavam atrás de nos e
se não fosse a sua igreja estaríamos mortos. – explicou Ricardo ao padre.
- Mas
quem são vocês, e como sabem sobre vampiros? – perguntou o padre desconfiado.
- Meu
nome é Ricardo e essa é minha irmã Anne, somos luzes brancas. Estávamos
voltando para casa quando fomos atacados por vários wendigos e vampiros, e
usamos quase todos os nossos poderes.
Ao
ouvir aquilo o padre olhou assustado para os dois e percebeu que a coisa estava
fora de controle. Vampiros e wendigos atacando em bandos era o fim, algo estava
acontecendo e ele tinha que ajudar os dois.
-
Entramos em sua igreja, pois vi as gárgulas no alto da torre. – continuou
Ricardo.
- Mas
o que isso tem haver com os monstros? – perguntou Anne.
- As
gárgulas são protetoras, elas impedem o mau de entrar. Os gritos que você
ouviu, são ensurdeceres para os seres do mundo inferior. – respondeu Ricardo.
-
Venham, vou preparar algo pra vocês comerem e vou arrumar o quarto pra vocês
passarem a noite.
Ao se
deitarem, Ricardo começou a se lembrar de tudo o que haviam passado aquela
noite.
Capítulo 8
-
Corram mais rápido, ele esta se aproximando. – Jason gritava mas não sabia ao
certo para onde estava correndo.
Tudo
estava mudado na floresta, não sabia exatamente o que estava acontecendo mas
criaturas das trevas tinham penetrado na barreira protetora que havia em volta
da ilha e agora estavam sendo caçado por um troll de quase seis metros de
altura.
O
troll corria e urrava de prazer ao ver suas vitimas fugirem de medo, mas como
todo troll esse era tão burro que conseguiu tropeçar em seu próprio pé fazendo
assim com que fosse ao chão com um baque ensurdecedor.
Essa
foi a chance deles de se unirem e com as mãos dadas se transportaram para bem
longe dali. Ao se darem conta, estavam na praia e olhando para todos os lados
viram que não estavam sozinhos, haviam varias criaturas procurando vitimas para
se alimentarem.
Logo
mais a frente havia uma pedra na qual se esconderam e observando viram que do
mar saia todo tipo de criatura. Nathan olhava aquilo horrorizado, não sabia que
existia tanto monstro na terra.
- O
que é aquela coisa que esta indo ali? – perguntou Nathan a seus amigos, que no
mesmo instante olharam para onde Nathan apontava.
Não
muito longe deles estava uma criatura horrenda, um polvo de mais ou menos dois
metros estava rastejando pela areia, o polvo era brilhante e branco como uma
perola mas o seu olhar era negro de ódio. Ele continha doze tentáculos, e dava
para ver nitidamente que havia lâminas presas na parte de baixo dos tentáculos.
- Isso
é um Polock, uma criatura aquática que se alimenta da essência de suas vitimas,
ela rouba a alma para continuar sobrevivendo. Essa criatura usa seus tentáculos
para sugar essa essência e depois larga a carcaça para outro animal terminar o
serviço.
Nathan
ao ouvir aquilo sentiu um arrepio na espinha, não iria querer encontrar um
monstro daqueles em seu caminho numa noite escura.
Ao
olharem para o lado viram bem a frente uma abertura que emitia um brilho muito
forte. Era um portal, a saída daquele lugar que antes fora um paraíso, mas
agora era a morada de monstros.
- Nós
precisamos chegar ao portal o mais rápido possível, antes que uma dessas coisas
nos veja. – disse Lisa aos outros dois.
- Mas
é muito arriscado, não sabemos para onde ele vai nos levar. Ainda mais agora
que o equilíbrio foi quebrado, podemos acabar indo parar em dimensões nunca
vistas antes.
Lisa
sabia que o que Jason falava era verdade, mas não podiam ficar parados ali sem
fazer nada. Poderiam acabar mortos a qualquer momento, e a única chance deles
era o portal.
- Bem
teremos que arriscar, o pior que pode acontecer é a gente ir parar no submundo.
– Lisa disse isso olhando para Nathan que não sabia o que dizer.
- Mas
Lisa, isso é loucura. Não podemos...
Antes
mesmo que pudesse terminar de falar, Jason viu Lisa sair correndo em direção ao
portal e atravessá-lo sem hesitar. Então sem pensar duas vezes os dois a
seguiram, não podiam deixá-la sozinha.
Ao
atravessar Nathan sentiu um frio e uma tristeza muito fortes, não sabia onde
estava, mas o lugar era deserto. Parecia noite, mas não havia lua ou estrelas
no céu. Só um céu avermelhado e uma área deserta coberta por areia e cactos por
todos os lados.
Lisa
olhava aquilo e não acreditava, estavam em Néfilim.
- Que
buraco é esse, alguém sabe? – perguntou Nathan aos dois amigos que estavam
olhando para todos os lados como que a espera de um ataque.
-
Estamos em Néfilim, a terra dos inferi. Aqui nada é o que parece ser, os
inferis são mortos vivos. Eles não têm alma, e não hesitam em matar quem
estiver a sua frente. – disse Jason rapidamente – Se você for ferido ou morto
por um inferi você se torna um deles. O único modo de se deter um inferi é
queimando seu corpo, fazendo assim com que virem cinzas.
- A
que ótimo, agora tenho que enfrentar zumbis. – disse Nathan ao olhar para os
lados a procura de algum dos inferis.
-
Fiquem atentos e vamos andando antes que alguma criatura atravesse o portal
atrás da gente. – disse Lisa andando sem rumo.
- Mas
Lisa como foi que viemos parar aqui, o portal não dava na terra?
- O
portal muda constantemente sua posição, - respondeu Jason – só que ele nunca
veio para o mundo inferior antes. Ele sempre dava para uma das terras
protegidas.
-
Algo desestabilizou a ordem natural das coisas, a nossa proteção não existe
mais... – disse Lisa olhando os dois – estamos sozinhos agora.
Ao
ouvir isso Nathan olhou bem para os olhos de Lisa e sabia que a menina estava
com medo, mas não queria demonstrar. Agora teriam que tentar salvar suas vidas,
e nem sabiam para onde estavam indo.
Capítulo 7
- Mas
que diabos.
Vociferou
Brian ao aparecer na sala de sua mansão, Zeltor que estava sentado na frente do
computador vendo o noticiário olhou para seu irmão surpreso por estar de volta
tão rápido.
- E
nem pense em começar com suas piadinhas que não estou com paciência – gritou
para seu irmão ao ver que o mesmo ia começar a zombar de sua cara.
Brian
pegou um copo e encheu com conhaque que bebeu em um gole e sentindo a fúria
subir pelas suas veias pegou o copo e arremessou para o outro lado da sala
fazendo com que o copo se quebrasse em vários pedaços.
-
Calma maninho, o que foi? Os pirralhos te deram uma surra foi? – Zeltor se
divertia com a fúria do irmão.
-
Aquele fedelho, ah mas eu pego ele e quando eu fizer isso ele vai sofrer tanto
que vai implorar para morrer. – disse apertando a mão no ar como se esmagasse
um verme.
Ao
lembrar-se de tudo que passou Brian se sentiu ameaçado pelo garoto, como era
possível ele ter um nível de energia tão alto. Era impossível, mas ele iria
achar um jeito de aniquilar aquele fedelho, era só questão de tempo. O que por
sinal ele não tinha muito, pois o alinhamento era dali a alguns meses e ele não
podia deixar que nada atrapalhasse seus planos, nem mesmo um bando de moleques.
-
Brian venha ver isso. – disse Zeltor ao irmão.
Ao se
aproximar do computador Brian não acreditou no que seus olhos viam. Uma
repórter estava mostrando o Museu de Arte Natural de Zurique e lá estava, em
exposição o precioso e famoso Diamante da Lua.
O
Diamante da Lua era o maior e mais valioso diamante do mundo, ele tinha mais de
duzentos mil anos e estava perdido a séculos.
“- O famoso arqueólogo Dr. Jeremy Sanders
fez uma descoberta extraordinária, ha dois dias ele achou o lendário e famoso
Diamante da Lua. Diz a antiga lenda que o diamante é uma jóia que foi usada por
vários séculos para guardar poderes incalculáveis e quem o possuísse se
tornaria invencível. O diamante ficará em exposição no museu de Zurique e será
levado ate Nova Iorque para se juntar a coleção...”
A
repórter continuou falando, mas Brian já estava do outro lado da sala, seu
irmão Zeltor levantou e perguntou.
-
Então maninho, quando vamos roubar o diamante?
- Bom
se você quiser morrer pode ir agora mesmo. – disse Brian com um sorriso
malicioso no rosto – O diamante tem uma proteção fortíssima, só os Luzes
Brancas conseguem tocar nele. Mas eu tenho um plano e você vai ser a peça
principal dele, maninho.
Zeltor
olhou desconfiado para seu irmão, sabia que estava prestes a ser usado de
cobaia em mais um dos planos loucos de seu irmão. Mas Zeltor não tinha medo,
sabia que o plano daria certo assim como todos os outros que seu irmão havia
planejado.
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